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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

"A DANÇA KRUMP COMO POSSÍVEL CAMINHO NA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR" | TCC por Kleithon Campos



https://drive.google.com/file/d/0B7HPZkocUMgoa2w4SHRheVZ3OU0/view

Não sei se muitos dão a real importância ao conhecimento. Muitos acreditam que tudo se resume em dançar e mostrar habilidade, mas, na verdade, a dança não teria tanta projeção, relevância e impacto se não houvesse pessoas dedicadas ao ensino e à pesquisa.

Há algum tempo, a evolução acontecia por meio de cópias e reproduções, que nos levavam a um vasto mundo de busca constante sobre aquilo que se propunha aprender. Hoje, porém, com a era digital, a busca imediatista pelo resultado tem trazido práticas pouco efetivas. Isso acontece justamente pela falta de pesquisa e embasamento de muitos.

Costumo dizer: “Sem conhecimento, NÃO há evolução.” E quando falo em conhecimento, não me refiro apenas a acumular saber, mas a se tornar um libertador. Afinal, “a resposta aprisiona, enquanto a pergunta é que liberta.” O conhecimento abre portas — assim como um dia desejei saber e que alguém me ajudasse, mas não havia quem fosse entendido, até que surgiu Dougie Myst para me mostrar o caminho, seguido pelo meu eterno mestre Uglyfate. Hoje, seguimos semeando libertação: a capacidade de levar adiante o conhecimento desta paixão.

É bem verdade que muitos não dão a mínima para isso. Alguns até dizem: “Se conhece mais do que dança.” Dessa forma, o movimento acaba se restringindo apenas a batalhas e egos. Mas há um mundo além disso, aguardando para ser descoberto. É através dos passos que damos que outras portas se abrem e novas possibilidades surgem.

Ontem se plantou, hoje se rega e amanhã os frutos serão colhidos. E eu pergunto: o que é SUPORTE para você? O que realmente tem sido feito de efetivo pelo movimento? Será que apenas vídeos, labs e batalhas elevarão o nível desse universo?

O mundo de hoje é movido por nomes, e o galho mais próximo ao tronco é o que usufrui da seiva, não é mesmo? Pois bem, é pensando nessa liberdade de buscar e descobrir que Kleithon Campos decidiu dar um passo maior e elevar a visibilidade deste universo, desenvolvendo sua monografia e abordando este tema tão essencial.


 "A DANÇA KRUMP COMO POSSÍVEL CAMINHO NA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR"

Kleithon, mais conhecido como Kwalker, é formando pela Universidade Anhembi Morumbi e traz uma reflexão muito interessante sobre o krump como objeto de catarse através da arte. Para muitos que não sabem, essa foi a verdadeira razão pela qual o krump foi criado. No documentário Rize, Eyez deixa isso claro ao afirmar que essa dança é uma forma de canalizar positivamente a negatividade urbana em que vivia.

Kleithon não aborda apenas esse ponto de vista, mas também diferentes aspectos relacionados ao diálogo da dança em si e ao seu desenvolvimento dentro de outros campos de estudo, citando autores como Rizzi, Laban, entre outros. Com isso, ele oferece ao universo do krump uma visão mais técnica e cognitiva, que abre portas para uma discussão mais abrangente em nível acadêmico.

Muitos acreditam que dar aulas se resume a coreografias cansativas e intermináveis, baseadas apenas no famoso “5, 6, 7 e 8”. Mas, quando se pede um plano de aula e uma síntese pedagógica coerente sobre a dança, surge a questão: será que esse professor é capaz de dissertar com clareza sobre o universo que representa?

A dança não é somente entretenimento. Assim como em qualquer processo de ensino, ela deve estar fundamentada em pesquisa pedagógica. Há instrutores, professores e mestres. Mas o mestre, de fato, é aquele que forma discípulos. É a partir desse entendimento que assumimos a responsabilidade de avançar no movimento, fazendo diferença, em vez de apenas reproduzir feitos já realizados.

Reproduzir sem reflexão aprisiona mais do que liberta, fechando as portas do conhecimento — que é, de fato, a chave de todo ensino. O talento pode te levar a repetir o que aprendeu, mas o conhecimento te permite ensinar o que lhe foi confiado. Assim, o ciclo se perpetua: ainda que nem todos colham os frutos hoje, outros regarão e, no futuro, produzirão qualidade no ensino.

Dessa forma, o movimento deixa de ser visto apenas como uma dança de raiva e opressão, para se consolidar como uma arte fundamentada em diálogo artístico e em expressividade multiforme.


TCC por Kleithon Campos

Link:


https://drive.google.com/file/d/0B7HPZkocUMgoa2w4SHRheVZ3OU0/view?usp=sharing






1 comentários:

allan souza disse...

Parabéns pela pesquisa!